EMPREENDEDORISMO FEMININO: DONA DE SI
O Empreendedorismo Feminino está cada vez mais em alta no Brasil. Além de serem a maioria da população, as mulheres são as que mais movimentam a economia brasileira, por serem consumidoras árduas, principalmente no que diz respeito ao universo da beleza.
Porém, hoje, também é o grupo mais atingido pelo desemprego:apenas 43,3% das mulheres estão empregadas, de acordo com o IBGE.
Como os números apontam, as mulheres são maioria na procura por emprego, e isso acabou se tornando um dos motivos para o aumento no desejo de empreender.
Segundo o Sebrae, mais de 50% dos negócios abertos em 2016 foram encabeçados por mulheres. No entanto, o relatório feito pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), referente ao desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil em 2019, apontou que os homens seguem na frente.
Ele demonstra que os homens estão mais ativos no que diz respeito ao desenvolvimento de forma estabelecida de seus próprios negócios do que as mulheres. A taxa de empreendedores estabelecidos do sexo masculino foi de 18,4%, enquanto a do sexo feminino foi de 13,9%.
Mas não desanime. Ainda de acordo com o relatório da IBQP, existem cada vez mais mulheres iniciando negócios, e que nesse aspecto quase não existem diferenças entre homens e mulheres.
Em relação ao negócio bem estabelecido, a dificuldade das mulheres, possui teor histórico justamente por muitas conciliarem as atividades profissionais com as domésticas. Isso resulta também em abandono da vida profissional, muitas vezes por falta de escolha, sendo também justificado pelas mulheres que são mães solo.
Essas muitas vezes sustentam seus filhos sozinhas, e acaba retratando uma dura realidade brasileira, intensificada pela pandemia. Uma matéria do El País destaca essa questão de forma mais detalhada, e propõe reflexão acerca dos 8,5 milhões de mulheres que saíram do mercado de trabalho no terceiro trimestre de 2020.
Além disso, sua participação caiu a 45,8%, o nível mais baixo em três décadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Vale ressaltar que durante a pandemia, a criatividade se intensificou entre elas também. As vitrines se tornaram cada vez mais virtuais e a descoberta de novos talentos que estimularam, e cooperaram com a renda familiar.
Esse impulso feminino consiste nas conquistas das últimas décadas que as mulheres tiveram, ocupando espaço no mercado de trabalho, como forma de combater o sistema que ainda é majoritariamente regido por homens.
Então, quer se inspirar para abrir o seu próprio empreendimento e se tornar uma mulher empreendedora de sucesso? Acompanha os próximos parágrafos!
DONA DE SI: MULHERES QUE REINVENTAM NO MUNDO DOS COSMÉTICOS
Já falamos aqui sobre a Yes!Cosmetics é uma ótima oportunidade para se tornar franqueado. Agora é a vez de falar para as mulheres empreendedoras que buscam conciliar a vida pessoal com a profissional e são apaixonadas pelo universo da Beleza e dos Cosméticos.
E nada é fácil para quando se é ou busca ser uma mãe empreendedora. E para ser uma mulher empreendedora de sucesso, você precisa conseguir equilibrar os horários, tanto para focar no trabalho, como nos horários das crianças, o que significa uma verdadeira guerra contra o tempo.
No entanto, a história de Fabiana Alves, mostrada aqui na íntegra, traz um alento para quem estiver interessada em investir nesse ramo. Ela é franqueada da Yes! há cinco anos e mães de duas crianças, Laura e Calebe, de 4 anos e 6 meses, respectivamente.
Ela foi mãe novamente já em plena pandemia, e contou com a parceria moral e prática de seu marido para cuidar das crianças e poder administrar sua franquia de cosméticos.
“Eu costumo dizer que mato um leão por dia pra me dedicar ao meu empreendimento e me dedicar totalmente aos meus filhos”, relatou a empresária.
Fabiana iniciou sua história com a Yes! como revendedora, atentando principalmente à notoriedade da marca quanto à qualidade dos produtos e aos preços acessíveis. Logo, se tornou uma franqueada.
Ela sempre foi atraída pelos negócios voltados para o público feminino, e que almejava ter o seu próprio. Na Yes!, ela conta que encontrou não apenas uma oportunidade de realizar o seu sonho, mas também de vender beleza e autoestima para seus clientes.
“Cada cliente que entra na loja vai ter um atendimento diferenciado e eu vou poder deixar algo positivo na vida dele”, afirma. Com os filhos também não poderia ser diferente: a maternidade exige tempo de qualidade e dedicação absoluta.
A empreendedora comenta que separa os momentos de trabalho e os momentos em família, como forma de manter um equilíbrio de tempo saudável e valorizar o desenvolvimento dos próprios filhos.
“Diante de tudo que estamos vivendo, quando eu olho pros meus filhos, eu vejo nos olhos deles esperança de dias melhores. Eles são o meu combustível”, enfatiza Fabiana.
O empreendedorismo feminino possibilitou que a franqueada tivesse o privilégio de não precisar sair de casa para trabalhar, principalmente em tempos difíceis. Obstáculos existem para serem vencidos e Fabiana acredita que quando há dedicação, seja em seu lar, seja em seu negócio, o sucesso é garantido.
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FLORES QUE RESISTEM AO CAOS
O Empreendedorismo Feminino na pandemia se intensificou como uma alternativa à realidade econômica atual. A exemplo disso, são grupos de pequenos empreendedores individuais que se articulam através das redes sociais para vender seus produtos e serviços.
Como a Empreendeflor, que é uma iniciativa da pedagoga Anita Presbitero, que surgiu em abril de 2021. O projeto cresceu em meio a pandemia da Covid-19, com o intuito de mobilizar e fortalecer os trabalhos de várias mulheres empreendedoras devido ao agravante da crise econômica.
O cenário de desemprego estimulou também a iniciativa voluntária. Anita de forma inovadora, teve a sensibilidade de perceber a necessidade de mulheres que já estavam à sua volta e propôs através de um grupo em um aplicativo de mensagens essa rede de fortalecimento feminino.
Algumas delas já faziam parte de outros projetos da pedagoga, o Clube de Leitura Florliterárias e o grupo Mulheres e Meditação. Este último trabalha com a busca pela concentração e a tranquilidade das integrantes. Outras foram convidadas por amigas que compunham esses grupos.
Todos os projetos nasceram da vontade de Anita de empoderar mulheres, e de erguer o seu próprio trabalho. Apenas o Florliterárias foi criado em conjunto com uma amiga. Logo, ela também sentia vontade de se reinventar e foi o que ela fez.
Presbitero é professora de formação e terapeuta holística, que trabalha com oráculos, thetahealing, relacionada à meditação, e Reiki, que são terapias energéticas espirituais.
Ela possui uma experiência prévia como coordenadora pedagógica de cursos profissionalizantes pelo Senac em Pernambuco. Além de ser pedagoga, é também pós-graduada em gestão escolar, formações que fortificam o Empreendeflor.
Somando-se isso, ela tem o próprio negócio relacionado à área que vem se pós-graduando: a terapia em Ginecologia Natural.
Com tamanha pluralidade de formação, Anita divulga não apenas o seu trabalho através das redes sociais, mas também das outras pétalas que compõem a Empreendeflor.
Atualmente, o grupo funciona com número limitado de participantes, justamente como forma de manter a proximidade entre as integrantes do grupo.
A terapeuta integrativa relata que há mais de 100 mulheres empreendedoras ativas dentro do grupo, de áreas diversas de atuação tais como moda, beleza, artesanato, educação, turismo e lazer, terapias holísticas, psicoterapias, produtos ecológicos e gastronomia.
O Empreendelor possui uma gama diversificada de componentes. São mulheres de diferentes religiões, orientação sexual, posicionamento político e faixa etária e de outras localidades, além do Recife.
“Dentro do grupo a maioria é de Pernambuco. Então, tem mulheres de Recife como eu, Olinda, Jaboatão, São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Caruaru. Enfim, a gente tá na região metropolitana, litoral sul, litoral norte e interior, certo? Mas tem pessoas de outros estados, tem de São Paulo, tem da Espanha.”
Anita relata que há também uma brasileira que vive na Alemanha, e em breve uma dos Estados Unidos ingressará no grupo.
A proposta do Empreendeflor é cooperação mútua. A ideia de acolhimento segue através da divulgação dos produtos e serviços de cada uma, como forma de fortalecer a corrente feminina.
Lá elas trocam ideias, sugestões, indicações de cursos sobre empreendedorismo, sobre aprimoramento do uso de ferramentas das redes sociais e também divulgam umas às outras em suas próprias redes sociais.
Por exemplo, recentemente elas começaram a fazer lives através do Instagram com algumas integrantes como forma de humanizar e aproximar o público através de seus relatos.
Ademais, podem surgir parcerias entre elas.
A exemplo disso, Presbitero conta sobre uma parceria que ocorreu com duas mulheres que trabalham com veganismo. Uma delas possui um empório, no qual ela vende produtos naturais. Dentro do grupo ela se conectou e contratou os serviços de uma outra mulher que faz produtos veganos sem glúten.
Isso demonstra que o grupo contribui de fato com o empoderamento feminino.
Segundo a pedagoga, o grupo contribuiu não apenas com quem nunca havia feito parte do movimento empreendedor, mas conseguiu fomentar mais ainda o trabalho de quem já pertencia a ele.
“Esse movimento, era uma necessidade minha de começar a me fortalecer como empreendedora e vendo ao meu redor muitas (mulheres) com as mesmas necessidades”, relata.
Esse movimento de utilizar a internet como meio de veicular seu próprio negócio se intensificou durante a pandemia. A criação de lojas virtuais subiu em média 40%, em 2020, gerando uma nova fonte de renda para muitos brasileiros.
Anita decidiu tornar esse movimento de empreendedorismo feminino de forma mais humanizada ao pontuar a importância que tem de conhecer as pessoas de fato.
“Eu disse, poxa, mas já existem grupos que trabalham com esse movimento, né? Mas aí, eu senti que havia uma necessidade de fazer isso num grupo menor, onde a gente se conhecesse, onde a gente se ajudasse, não fosse algo tão grandioso, né?”, diz.
O grupo segue em um fortalecimento contínuo através da garra de mulheres que escolheram ou estão aprendendo sobre o empreendedorismo feminino de forma coletiva, recebendo feedbacks de experiências e pondo em prática grandes aprendizados em tempos tão difíceis.
Como bem define Anita Presbitero: “A prática do feminismo acontece quando a gente realmente empodera a mulher, né? E fortalece quebrando essas ideias de que existe rivalidade entre as mulheres, ou que a gente não tenha o merecimento de fluir na vida. Não acredito em nada disso.”
E ela acrescenta: “Eu acho que a ideia de sororidade, de que a gente tem que ajudar a irmã, é assim, né? É assim, é na prática, de apoiar a mulher em todos os sentidos,aquelas que de repente tem o mesmo serviço que eu. E aí, eu vou apoiar também, porque ela também tem, ela é merecedora de receber, né? Então, a ideia é que todo mundo evolua junto. E não ter essa coisa da rivalidade. Então, assim, por exemplo, dentro do grupo, todas precisam ajudar.” completa.
EMPREENDEDORISMO FEMININO E SOCIAL NA ILHA DE DEUS
Localizada na Imbiribeira, zona sul do Recife, a Ilha de Deus é considerada atualmente um dos pontos em desenvolvimento mais importantes em relação ao turismo comunitário. Isso só se tornou possível graças ao Instituto Negralinda, que busca valorizar a cadeia produtiva local.
O Instituto é presidido pela chef de cozinha Geiseane de Ataíde, chamada carinhosamente de Negralinda. Na Ilha, a pesca do sururu é o maior atrativo sendo utilizado para compor os pratos da chef em seu Bistrô, juntamente com os passeios de barco oferecidos aos turistas que visitam o local.
Além disso, o Instituto Negralinda estimula outras mulheres da comunidade a se desenvolverem através do empreendedorismo feminino. Elas criam suas peças de artesanato por meio dos descartes de mariscos, contribuindo com um ciclo sustentável na comunidade.
O Instituto está presente desde o ano passado também na Zona Norte, no bairro de Casa Forte. Na pandemia, o Bistrô Negralinda disponibiliza para os clientes o Delivery, facilitando o acesso aos pratos deliciosos feitos pela chef Negralinda.
DICAS DE EMPREENDEDORISMO FEMININO
Com tantos exemplos inspiradores de mulheres empreendedoras, fica a vontade de adentrar nesse universo. As mulheres trazem algumas características muito próprias na hora de estar à frente de um empreendimento. Segundo o Sebrae, as que mais se destacam são:
Atenção aos detalhes
A visão sistêmica naturalmente desenvolvida pelas mulheres, faz com que a mulher empreendedora consiga exercer uma liderança poderosa, atenta a cada detalhe do seu negócio e do time que gerencia, além de fazê-la ser mais atenciosa com clientes, fornecedores e parceiros de um modo geral.
Mais empatia
Quando se conhece muito sobre potenciais consumidores, é possível antecipar a reação deles a diferentes estratégias, ideias e conceitos. Por serem naturalmente mais empáticas, as mulheres fazem também de forma mais natural esse mapeamento, o que se torna uma vantagem competitiva em suas gestões.
Preparo maior
No Brasil, segundo o IBGE, o índice de escolaridade das mulheres é bem maior do que o dos homens, o que faz com que o empreendedorismo feminino se eleve, por meio da busca das profissionais em se preparar melhor para gerenciar suas empresas. Isso significa que elas investem mais tempo em seu aprimoramento técnico, em conhecer o mercado e planejar melhor suas ações.
Sensibilidade
Com a possibilidade de ter uma visão mais abrangente, emocional e estratégica, as mulheres têm em sua sensibilidade, mais uma aliada para gerir um negócio, no que tange a tomada de decisões mais assertivas, fazendo uma leitura melhor dos acontecimentos, decifrando o cliente e compreendendo as necessidades da sua equipe.
Multifoco
Eis uma das características femininas essenciais em seus diferenciais como empreendedora. A capacidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, sendo uma multitarefa, faz com que as mulheres consigam administrar sua rotina de trabalho como ninguém.
Outras atribuições
Existem algumas dicas que podem te ajudar a ser uma empreendedora de sucesso, em qualquer área de interesse ou que você já atue. Os pontos são:
1- Autenticidade
Se atente às suas qualidades primordiais. O que você enxerga em você mesma que daria para você iniciar um negócio? Gosta de costurar? É boa em matemática? Gosta de contar histórias? Existe algo que as pessoas sempre disseram que era a sua cara? Focar em quem você é já é um bom ponto de partida para se tornar uma empreendedora com diferencial.
2 – Criatividade
Diretamente ligada ao ponto anterior, mas relacionada tanto à sensibilidade quanto ao preparo, aqui você vai desenhar estratégias para seu negócio através das múltiplas ferramentas disponíveis (tanto na hora de lançar alguma promoção, como ao inventar/vender um novo produto).
3 – Determinação
Se você chegou até aqui é porque já chegou o mais próximo deste ponto. Começar um negócio do zero exige coragem e determinação, e como vimos nos dados, ao ser mulher os obstáculos são maiores. Mas tenha certeza que o resultado é recompensador, além de contribuir com o fortalecimento do empreendedorismo feminino.
4 – Redes Sociais
Como vimos o exemplo da Empreendeflor, as redes sociais vieram para ficar. Saber criar um planejamento estratégico para obter um bom desempenho do seu negócio é fundamental. Para isso é necessário que você saiba mexer nas ferramentas, ou busque cursos ou até mesmo grupos de apoio a mulheres empreendedoras.
Quer dicas de franquias incríveis para mulheres? Acesse o vídeo abaixo:
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